Gás Arsina
CARACTERÍSTICA TÉCNICA DO GÁS
Arsina
A arsina ou hidreto de arsênio ( AsH3 ) é um composto inorgânico gasoso na temperatura ambiente, é inflamável e altamente tóxico constituído de hidrogênio e arsênio.
A arsina é mais pesada que o ar , solúvel em água , incolor, e com um odor suave de alho que só é percebido quando em altas concentrações. Alguns minérios apresentam na sua composição arsênio. O arsênio ou o minério que contém este elemento quando em contato com a água ou algum ácido ocorre uma reação , liberando uma quantidade pequena de gás arsina.
COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
NATUREZA QUÍMICA: “Este produto químico é uma substância pura”.
Ingredientes ativos Arsina
Peso Molecular 77,95 g/mol
N° CAS 7784-42-1
Potencial de inflamabilidade altamente inflamável
Classificação Toxicológica Extremamente Asfixiante
SINÔNIMOS: Arsina, Hidreto de arsênio
CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PERIGO
RISCO
Saúde
Inflamabilidade
Reatividade
GRAU
4 Extremo
3 Grave
2 Moderado
1 Leve
0 Mínimo
COMPOSIÇÃO
Arsina é um gás incolor com cheiro de alho, gás não é ácido nem básico, mas reage com metais formando arsenites, o agente possui um ponto de fusão de -117 graus Celsius e um ponto de ebulição de -62 graus Celsius, é relativamente instável em ambiente e condições normais, Arsina se decompõe facilmente quando seus elétrons são excitados, sendo assim, em contato com a luz solar, se decompõe, Arsina é levemente solúvel em água o que potencializa sua caminhada até a corrente sanguínea, Arsina é um gás de toxidade elevada, podendo causar a morte por inalação, sua ação é potencializada por não ser persistente em nenhum composto que não seja reativo, isto é ocasionado por Arsenio não se um metal ácido e nem básico, estas propriedades fazem com que arsina seja de uso militar limitado, mesmo sendo de uso limitado arsina pode persistir em ambiente por semanas, a dose letal mediana em pessoas é de 80 miligramas causando em imediata morte, uma dose de 15 miligramas de Arsina causa já reações alérgica altas.
GASES
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
APLICAÇÕES
Alguns compostos orgânicos derivados da arsina, como lewisita (2-clorovinildicloroarsina), adamsita (difenilaminocloroarsina), e outros como “Clark I” (difenilcloroarsina) e “Clark II” (difenilcianoarsina), tem sido desenvolvidos para a guerra química , porém nunca foram usados. O principal uso da arsina é na indústria eletrônica, como gás dopante para a formação dos materiais semicondutores. Também é usada em sínteses orgânicas.
PRECAUÇÕES
A exposição à arsina provoca hemólise e falhas renais. Apresenta alta taxa de mortalidade. A maioria dos casos de intoxicação por arsina tem sido relatados em ambientes de trabalho que manuseiam este material. A principal forma de absorção é por inalação. Não existe nenhum antídoto para neutralizar a arsina, em casos de intoxicação grave os médicos indicam a transfusão de sangue. Em 12 de julho de 2001 , na cidade de Tulsa em Oklahoma (Estados Unidos) , uma válvula de um tanque químico com arsina fundiu hospitalizando quase 100 pessoas com problemas de respiração e náuseas.
PRIMEIROS SOCORROS
Antes de entrar em qualquer área contaminada com Arsina para socorrer uma ou mais vítimas, a pessoa que vai prestar socorro deve estar adequadamente protegida contra os gases venenosos usando um aparelho de respiração autônomo. Ninguém deve entrar em uma área contaminada sem equipamento adequado, pois, correrá o risco de também ser vitimado pelo gás, fazendo com que o acidente tome proporções ainda maiores.
Remova a vítima imediatamente para um lugar descontaminado de preferência ao ar livre.Caso a pessoa esteja apresentando dificuldade respiratória pode ser administrado oxigênio. Caso a pessoa apresente perda de consciência e parada respiratória, é necessário fazer respiração artificial (boca a boca) seguida de administração de oxigênio. Caso haja parada cardíaca, massagem cardíaca simultaneamente a respiração artificial será necessária, fazendo-se 5 massagens cardíacas e uma respiração alternadamente. Em qualquer caso chame imediatamente um médico ou socorro especializado. Segundo o “Fréjaville et al.; Toxicologie clinique et analytique”, “é necessário trocar o mais rápido possível o sangue da vítima através de transfusão. Este procedimento tem duplo objetivo: combater a desglobulinação e hipoxia, e purgar o arsênico do sistema. Esta transfusão pode ser repetida. O procedimento de limpeza extrarrenal é função da evolução da insuficiência renal na qual o catabolismo do nitrogênio é frequentemente observado. Neste caso não há necessidade de utilizar Dimercaprol®”
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
A Arsina pura ou suas misturas são perigosas devido a sua alta toxicidade e devem ser manuseadas em áreas bem ventiladas. Caso seja necessária a utilização de arsina em um ambiente confinado, o cilindro deve ser instalado dentro de uma cabina especial com um sistema de exaustão, monitoramento de vazamentos com alarme, purga com nitrogênio e de neutralização dos gases residuais.
INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
Dados os riscos envolvidos e a complexidade das exigências de segurança legais e normativas para o transporte terrestre de produtos perigosos em geral, e especificamente da arsina, sugerimos que os clientes não transportem gases a granel ou em cilindros, a menos que estejam altamente familiarizados com as exigências mencionadas e possuam os equipamentos e recursos necessários.
Recomendamos enfaticamente que quando o transporte seja indispensável para a operação de um determinado cliente, este, adquira a versão mais atualizada do “Manual de Autoproteção – Produtos Perigosos – Manuseio e transporte rodoviário” publicado pela Indax Advertising Comunicação Ltda. ou então da coletânea de decretos lei e normas pertinentes da ABNT.
Em toda a operação de transporte os seguintes documentos são de porte obrigatório: habilitação do motorista, certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos, envelope de transporte contendo: notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência.
Normalmente o kit de emergência para o transporte de gases é constituído de: 10 cones de sinalização, 4 placas auto portantes com inscrição “Perigo Afaste-se” com dimensões mínimas de 340 x 470 mm, 100 metros de fita zebrada com largura mínima de 70 mm, 06 suportes para sustentação da fita zebrada, 02 calços de madeira de
150 x 150 x 200 mm, 01 caixa com jogo de ferramentas, 01 lanterna grande com pilhar novas carregadas, isto além de EPI´s como óculos de segurança, pares de luvas de raspa de couro, capacete, etc. em perfeitas condições e em quantidade suficiente para o motorista e demais ocupantes do veiculo. No caso especifico da arsina as leis e normas vigentes devem ser consultadas para verificar se existem requisitos adicionais.
Além das sinalizações regulares como faixas refletivas na carroçaria e para-choques, as unidades de transporte devem estar sinalizadas com rótulos de risco, alem de painéis de segurança. Como os regulamentos normativos para a sinalização do veículo são muito complexos nos limitamos a informar abaixo somente os dados principais que devem definir a sinalização da arsina e recomendamos que seja consultada a coletânea de normas ABNT para o transporte terrestre de produtos perigosos.
- Produto: Arsina
- Número da ONU: 2188
- Classe de risco: 2.3 – gases tóxicos
- Risco subsidiário: 3 – substância altamente inflamável
- Número de risco: 263
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Estado físico : Gás
Cor : Incolor.
Odor : A alho. Dificilmente detectável pelo cheiro em baixas concentrações.
Limiar de odor : Não há dados disponíveis
pH : Não aplicável.
Ponto de fusão : -117 °C
Ponto de solidificação : Não há dados disponíveis
Ponto de ebulição : -62,5 °C
Ponto de fulgor : Não aplicável
Taxa de evaporação relativa (acetato de butila = 1): Não há dados disponíveis
Taxa de evaporação relativa (éter = 1) : Não aplicável.
Inflamabilidade (sólido/gás) : 5,1 – 78 vol. %
Limites de explosão : Não há dados disponíveis
Pressão de vapor : 15,1 bar
Densidade relativa do vapor a 20°C : Não há dados disponíveis
Densidade relativa : 1,6
Densidade : 3,23 kg/m³ (densidade do vapor a 21.1°C e 1 atm)
Densidade relativa do gás : 2,7
Solubilidade : Água: pouco solúvel
Log Pow : Não aplicável.
Log Kow : Não aplicável.
Temperatura de auto-ignição : Não há dados disponíveis
Temperatura de decomposição : ≈ 230 – 240 °C
Viscosidade, cinemática : Não aplicável.
Viscosidade, dinâmica : Não aplicável.
Propriedades explosivas : Forma mistura explosiva com o ar e agentes oxidantes.
Propriedades oxidantes : Nenhum.
Outras informações
Grupo de gás : Gás Liquefeito
Informações Adicionais: Gás ou vapor mais pesado que o ar. Pode acumular-se em espaços confinados, em especial ao nível ou abaixo do solo.
INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
A arsina é um gás extremamente tóxico. Por ser um poderoso agente redutor, possui grande afinidade pela hemoglobina de sangue. Os primeiros sintomas de intoxicação ocorrem relativamente rápido e podem iniciar em uma ou duas horas após a exposição. O primeiro sintoma de envenenamento por arsina é a mudança da cor da urina para vermelho escuro.
Outros sintomas que podem aparecer até um ou dois dias depois da exposição são: indisposição, mal-estar, forte dor de cabeça. Vertigem, náusea, vômito, diarréia, dor nos rins e fígado, icterícia e anemia.
A inalação de grandes quantidades de arsina, causa uma forte hemólise intravascular, algumas vezes várias horas após a exposição. Estes sintomas podem persistir por vários dias e levar a uma insuficiência muscular e uma tubulopatia anúrica aguda. Outros sintomas são de uma intensa descoloração da pele e distúrbios gástricos. A exposição a uma concentração de 10 ppm durante uma hora é letal.
Em testes de laboratório, uma exposição prolongada de animais e baixas concentrações de arsina produziu uma destruição compensada das células vermelhas, que gradativamente se deteriorou a um nível estacionário de anemia. Os danos em outros órgãos foram muito pequenos. A repetida exposição a baixas concentrações pode ter efeitos cumulativos resultando em um grave envenenamento. No Brasil o anexo número 11 da Norma Regulamentadora 15 (NR 15) determina que no ambiente de trabalho a concentração máxima para uma exposição semanal de até 48 horas é de 0,04 ppm (molar) e na caracterização desta situação o ambiente é considerado com grau de insalubridade máximo.
REGULAMENTAÇÕES
Regulamentações locais do Brasil : Norma ABNT NBR 14725.
Decreto Federal nº 2.657, de 3 de julho de 1998 – Promulga a Convenção nº 170 da OIT,
relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra,
em 25 de junho de 1990.
Portaria nº 229, de 24 de maio de 2011 – Altera a Norma Regulamentadora nº 26
Resolução nº 420/ANTT de 12 de fevereiro de 2004
Agência Nacional para o Transporte Terrestre,Resolução nº 5232, de 14 de dezembro de 2016
– Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos
Perigosos, e dá outras providências.
Referência regulamentar : Listado pela IARC (International Agency for Research on Cancer)
Listado no AICS (Inventário Australiano de Substâncias Químicas)
Listado na DSL (Domestic Sustances List) canadiana
Listado no IECSC (Inventory of Existing Chemical Substances Produced or Imported in China)
Listado no EINECS (European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances)
Listado no inventário japonês ENCS (Existing & New Chemical Substances)
Listado na ECL (Existing Chemicals List) corena
Listado no NZIoC (New Zealand Inventory of Chemicals)
Listado no PICCS (Philippines Inventory of Chemicals and Chemical Substances)
Listado no inventário do TSCA (Toxic Substances Control Act) dos Estados Unidos
Lei japonesa sobre as substâncias tóxicas e nocivas
Lei japonesa sobre o registo das emissões e transferências de poluentes (lei PRTR)
Listado na Secção 302 do SARA dos Estados Unidos (substâncias perigosas)
Listado na IDL (Ingredient Disclosure List) canadense
Listado no INSQ (Mexican National Inventory of Chemical Substance)
OUTRAS INFORMAÇÕES
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Referências
GUIDANCE FOR COMPILATION OF SAFETY DATA SHEETS FOR FERTILIZER MATERIALS. EUROPEAN FERTILIZER MANUFACTURERS’ASSOCIATION (EFMA), 1996.