Gás Flúor
CARACTERÍSTICA TÉCNICA DO GÁS
Flúor
Flúor é um elemento químico, símbolo F, de número atômico 9 (9 prótons e 9 elétrons) de massa atômica 19 u, situado no grupo dos halogênios (grupo 17; anteriormente denominado VIIA) da tabela periódica.
COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
APARÊNCIA
Em sua forma biatômica (F2) e em CNTP, é um gás de coloração amarelo-pálido. É o mais eletronegativo e reativo de todos os elementos. Em sua forma ionizada (F–) é extremamente perigoso, podendo ocasionar graves queimaduras químicas se em contato com tecidos vivos..
Nome Flúor
N° CAS 7782-41-4
Massa Molar 18,998403 g/mol
Número, símbolo 9, F
Densidade, dureza 1,696 kg/m3,
Classificação Toxicológica Extremamente oxidante
SINÔNIMOS: Flúor
CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PERIGO
RISCO
Saúde
Inflamabilidade
Reatividade
GRAU
4 Extremo
3 Grave
2 Moderado
1 Leve
0 Mínimo
APLICAÇÕES
Flúor e seus compostos são usados na produção de urânio e dezenas de outros produtos como, por exemplo, plásticos resistentes ao calor.
Ácido fluorídrico é usado para gravações e outros efeitos em vidros.
Compostos hidrocarbonados com cloro e flúor formam gases usados em equipamentos de refrigeração (CFC, em desuso devido ao efeito nocivo para a camada de ozônio da atmosfera).
Elemento de proteção contra cáries em cremes dentais, na forma de fluoreto de sódio (NaF) ou de estanho (SnF2).
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
INALAÇÃO
Os gases podem provocar tontura ou asfixia. Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa posição que não dificulte a respiração. Monitore a função respiratória. Se a vítima estiver respirando com dificuldade, forneça oxigênio. Se necessário aplique respiração artificial.
GASES
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
CONTATO COM OS OLHOS
Em caso de contato dos olhos com vapor de flúor, os mesmos devem ser lavados com água em abundância por pelo menos 15 minutos, caso a pessoa utilize lentes de contato, as mesmas devem ser removidas para garantir que a água consiga lavar o local atingido. Caso seja notado que a irritação dos olhos persiste, os mesmos devem ser lavados por um segundo período de 15 minutos e a pessoa encaminhada a um oftalmologista imediatamente. Qualquer pessoa que tenha sido vitimada por flúor, ainda que a exposições aparentemente de menor importância, deve ser enviada a um médico logo após os primeiros socorros sejam ministrados.
CONTATO COM A PELE
Lave a pele exposta com quantidade suficiente de água para remoção do material. As roupas e sapatos contaminados devem ser retirados com a vítima já sob a água do chuveiro de emergência.
MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO
Devido à toxicidade, potencial de oxidação e corrosividade do flúor, todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc. que se destinem à com ele ser utilizados devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Dois métodos de teste que podem ser utilizados estão listados abaixo em ordem de preferência:
- Pressurizar o sistema com hélio industrial e testar todas as conexões com um detector de vazamento de hélio, normalmente um espectrômetro de massa. Este teste necessita ser realizado por um especialista, porém, dá excelentes resultados e o sistema se torna altamente confiável.
- Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica. Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá resultados muito satisfatórios e o sistema se torna confiável.
NÃO DEVE SER UTILIZADO O TESTE DE ÁGUA E DETERGENTE, pois os resultados podem não ser os mais seguros e pequenos vazamentos podem não ser detectados. Por se tratar de equipamento que será utilizado com gás extremamente tóxico e corrosivo na presença de umidade este método não é mais recomendado.
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
Todas as pessoas envolvidas no manuseio de flúor devem ser rigorosamente treinadas com relação às suas propriedades, efeitos e correto manuseio antes de iniciar qualquer tipo de atividade com ele. É obrigatório dispor de equipamentos de proteção individual (EPI´s), tais como: máscaras panorâmicas contra vapores ácidos, máscaras de fuga, luvas de borracha ou plástico, aventais de borracha ou plástico e sapatos compatíveis com o produto. Os equipamentos para manipulação do produto devem ser providos de válvulas unidirecionais para prevenir o retorno de líquidos pela tubulação e a possibilidade de reações violentas com o produto dentro do cilindro. Não se pode esquecer que flúor é corrosivo em presença de umidade e altamente reativo com praticamente qualquer tipo de produto, podendo na eventualidade de uma entrada de algum material estranho dentro dos cilindros ocasionar uma explosão.
O contato com óleo, graxa, tintas, solventes, outros materiais orgânicos, metais pulverizados, etc. é extremamente perigoso. Devido a seu altíssimo potencial de oxidação, o flúor explode em contato com um número muito grande de substâncias.
Na área de manuseio do produto, devem ser instalados “lava olhos”, chuveiros de emergência e pelo menos uma unidade de respiração autônoma para uso em casos de emergência.
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
É o elemento mais eletronegativo e reativo.
O gás tem aspecto amarelo pálido e reage com a maioria das substâncias orgânicas e inorgânicas. A molécula é biatômica (F2).
Partículas de metais, vidro, cerâmica, carbono queimam no flúor, com uma chama brilhante. É altamente tóxico.
Grandeza Valor / Unidade
Massa molecular 37,997 g/mol
Massa específica do gás (15ºC e 1 atm) 1,59 kg/m3
Ponto de fusão -219,6 °C
Calor de fusão 0,51 kJ/mol
Ponto de ebulição -188,1 °C
Calor de vaporização 6,54 kJ/mol
Temperatura crítica -129,4 °C
Pressão crítica 5215 kPa
Cp (a 1 atm e 21ºC) 0,031 kJ/(mol ºC)
Cv (a 1 atm e 21ºC) 0,023 kJ/(mol ºC)
Relação Cp / Cv (a 1 atm e 21ºC) 1,352459 –
Condutividade térmica a 27ºC e 1 atm 0,0279 W/(m °C)
Eletronegatividade 3,98 Pauling
Estados de oxidação -1 –
Obs: 1 atm = 101,325 kPa (pressão atmosférica normal).
Cp, Cv: calores específicos a pressão constante e a volume constante.
INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Toxicidade aguda
O mais tóxico é o fluoreto de sódio (ao contrário do fluoreto de cálcio, que é muito menos solúvel).
A dose tóxica é de cerca de 5 a 10 g de fluoreto de sódio: a morte sobrevém após duas horas na ausência de tratamento.
Os principais efeitos são:
- Inibição enzimática;
- Depósitos de complexos de cálcio;
- Estado de choque pelas modificações das concentrações de potássio, devido à diminuição da atividade de uma enzima, a ATPase;
- A agressão a certos órgãos, em particular a mucosa do estômago, frequentemente seguida de uma gastrite aguda, devida à formação de ácido hidrofluórico.
Toxicidade crônica
Além de certos efeitos sobre os rins e a tireóide, os principais efeitos da toxicidade crônica do flúor se encontram nos tecidos minerais, a saber o esmalte dos dentes e o ossos.
O esmalte dentário apresentará manchas brancas ou escuras.
Para aqueles em quem os ossos apresentam osteoesclerose, é preciso que a ingestão se situe ao redor de 20 a 80 mg de flúor por dia durante 10 a 20 anos.
O excesso de flúor vai aumentar, por sua vez, a atividade dos osteoclastos e dos osteoblastos, células que intervém respectivamente na destruição e na formação ósseas, com um aumento do turnover ósseo. Predominando principalmente sobre a formação óssea, leva ao aumento de depósitos e , pois, à formação de exostoses (calombos ósseos).
INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
Dados os riscos envolvidos e a complexidade das exigências de segurança legais normativas para o transporte de produtos perigosos em geral, e especificamente do flúor sugerimos que os clientes não transportem gases a granel ou em cilindros, a menos que estejam altamente familiarizados com as exigências mencionadas e possuam os equipamentos e recursos necessários. As informações que se seguem têm caráter puramente ilustrativo e não estão completas.
Recomendamos enfaticamente que quando o transporte seja indispensável para a operação de um determinado cliente, este, adquira a versão mais atualizada do “Manual de Autoproteção – Produtos Perigosos – Manuseio e transporte rodoviário” publicado pela Indax Advertising Comunicação Ltda. ou então da coletânea de decretos lei e normas pertinentes da ABNT.
O transporte do flúor em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-los em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja sendo transportado. O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo e porte de veiculo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de “transporte de produtos perigosos” ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido.
Em toda operação de transporte os seguintes documentos são de porte obrigatório: habilitação do motorista, certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos, envelope de transporte contendo: notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência.
Normalmente o kit de emergência para o transporte de gases é constituído de: 10 cones de sinalização, 4 placas auto portantes com inscrição “Perigo Afaste-se” com dimensões mínimas de 340 x 470 mm, 100 metros de fita zebrada com largura mínima de 70 mm, 06 suportes para sustentação da fita zebrada, 02 calços de madeira de
150 x 150 x 200 mm, 01 caixa com jogo de ferramentas, 01 lanterna grande com pilhas novas carregadas, isto além de EPI´s como óculos de segurança, pares de luvas de raspa de couro, capacete, etc. em perfeitas condições e em quantidade suficiente para o motorista e demais ocupantes do veiculo de transporte. Isto sem falar em extintores de incêndio e demais item de segurança do veículo. No caso específico do flúor as leis e normas vigentes devem ser consultadas para verificar se existem requisitos adicionais.
Além das sinalizações regulares como faixas refletivas na carroçaria e para choques, as unidades de transporte devem estar sinalizadas com rótulos de risco, alem de painéis de segurança. Como os regulamentos normativos para a sinalização do veiculo são muito complexos nos limitamos a informar abaixo somente os dados principais que devem definir a sinalização do flúor e recomendamos que seja consultada a coletânea de normas ABNT para o transporte terrestre de produtos perigosos.
- Produto: Flúor, comprimido
- Número da ONU: 1045
- Classe de risco: 2.3 – gases tóxicos
- Risco subdisiário: 5.1, 8 – substância oxidante e corrosiva
- Número de risco: 265
OUTRAS INFORMAÇÕES
A ELEBRATEC recomenda que todos que manipularem este produto leiam com atenção as informações contidas nesta página, visando com isto esclarecer e deixá-las cientes dos riscos relacionados ao produto e, desta forma, contribuir para minimizar (ou até evitar) acidentes que venham a causar danos ao meio ambiente e/ou à saúde do próprio usuário ou de terceiros.
“As informações contidas nesta página de informações de segurança são fornecidas sem ônus para nossos clientes. Todas as informações técnicas e recomendações aqui contidas são baseadas em testes e dados provenientes de publicações técnicas especializadas. Uma vez que a ELEBRATEC não tem controle sobre o uso do produto aqui descrito, esta não assume nenhuma responsabilidade por perdas ou danos causados pelo uso impróprio do mesmo”.
Referências
www.rsc.org/www.cdcc.sc.usp.br/www.oligopharma.com.br/biomania.com.