Gás Dióxido de enxofre
CARACTERÍSTICA TÉCNICA DO GÁS
Dióxido de enxofre
O dióxido de enxofre, também conhecido como anidrido sulfuroso (SO2) é um gás incolor com forte odor pungente. É muito irritante quando em contato com superfícies úmidas, pois se transforma em trióxido de enxofre (SO3) e passa rapidamente a ácido sulfúrico (H2 SO4).
É ainda utilizado como desinfetante, antisséptico e antibacteriano, como agente branqueador e conservador de produtos alimentares, nomeadamente frutos secos, e ainda na produção de bebidas alcoólicas e particularmente no fabrico do vinho. No vinho, o dióxido de enxofre aparece na sua forma livre hidratada H2SO3) ou ácido sulfuroso. O dióxido de enxofre é utilizado na vinificação pois inibe ou interrompe o desenvolvimento das leveduras e bactérias, detendo assim a fermentação alcoólica no momento desejado, ao mesmo tempo que assegura a esterilização do vinho. Acresce que o dióxido de enxofre “seleciona” as leveduras necessárias à vinificação, pois estas são mais resistentes que outras presentes no processo mas não desejadas. Nos rótulo das garrafas de vinho normalmente vem especificado que o produto tem INS 220 ou Conservante PV, ou seja, o próprio SO2. Muitas pessoas portadoras de enxaqueca relatam o agravamento da crise após tomar vinhos, que pode ser causada por estes conservantes, entretanto, não há conclusões definitivas sobre esse elemento ser o causador das dores de cabeça.
O dióxido de enxofre é prejudicial à nossa saúde enquanto gás livre no ambiente.
COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES
- Nome químico Dióxido de enxofre
- IUPAC Sulfur dioxide
- Massa molar 64.0066 g mol
- Forma molecular Bent 120°
- Fórmula SO2
- Ponto de ebulição -10 °C
- Solúvel em Água
- N° CAS 7446-09-5
- DENSIDADE 2,63 kg/m³
CLASSIFICAÇÃO E ROTULAGEM DE PERIGO
RISCO
Saúde
Inflamabilidade
Reatividade
GRAU
4 Extremo
3 Grave
2 Moderado
1 Leve
0 Mínimo
GASES
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
- Gás Acetileno
- Gás Amônia
- Gás Argônio
- Gás Arsina
- Gás Ciclopropano
- Gás Cloro
- Gás Criptônio
- Gás Dióxido de Carbono
- Gás Dióxido de Enxofre
- Gás Etano
- Gás Etileno
- Gás Flúor
- Gás Fosfina
- Gás Hélio
- Gás Hexafluoreto de Enxofre
- Gás Hidrogênio
- Gás Isobutano
- Gás Metano
- Gás Monóxido de Carbono
- Gás Neônio
- Gás Nitrogênio
- Gás Óxido de Eteno
- Gás Óxido Nitroso
- Gás Oxigênio
- Gás Propano
- Gás Trifluoreto de Boro
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Perigos mais importantes
O produto pode ser tóxico ao homem e ao meio ambiente se não utilizado conforme as recomendações.
Efeitos do Produto
- Efeitos adversos à saúde humana
O dióxido de enxofre é irritante do sistema respiratório superior e inferior, olhos e pele, podendo causar queimaduras.
- Efeitos Ambientais
Por tratar-se de um produto sob a forma gás, o produto não oferece riscos a seres vivos tanto aquáticos, quanto terrestres.
- Perigos específicos
causa reações explosivas quando em contato com compostos clorados. Na presença de oxigênio e umidade, forma-se ácido. Zinco e metais galvanizados de vem ser evitados.
Principais Sintomas
O dióxido de enxofre pode causar irritação e inflamação das vias respiratórias, queimaduras no nariz e garganta, dificuldade respiratória, tosse, rinorréia, dispnéia, cianose, náuseas, vômitos e dor abdominal. Na pele, pode ocorrer dermatite. Também podem ocorrer espasmos, edema da laringe e brônquios, pneumonia química e edema pulmonar.
APLICAÇÕES
- Branqueamento de tecidos e fibras têxteis
- Conservação de sumos de frutas, fruta fresca e transformada para conserva
- Conservante do vinho, mosto e subprodutos
- Microbicida, controla e retarda a fermentação de mostos
- Na indústria do papel para tratamento e obtenção da pasta
- Redução de sais de crómio na indústria do curtume
- Regulador de pH
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Levar o acidentado para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas. Lavar as partes do corpo atingidas com água em abundância e sabão. Se o acidentado estiver inconsciente e não respirar mais, praticar respiração artificial ou oxigenação. Encaminhar ao serviço médico mais próximo levando esta ficha.
INALAÇÃO
Remover a pessoa para local arejado. Se não estiver respirando, faça respiração artificial. Se respirar com dificuldade, consultar um médico imediatamente.
CONTATO COM OS OLHOS
Lavá-los imediatamente com água morna, não usar água quente, remover as lentes de contato, quando for o caso, e consultar um médico.
CONTATO COM A PELE
Lavar a parte afetada com água morna (NÃO USAR ÁGUA QUENTE). Não remover as roupas. Um médico deve ser chamado imediatamente se a queimadura resultar em ferida na pele ou congelamento dos tecidos.
INGESTÃO
Não aplicável por ser um gás.
PROTEÇÃO PARA OS PRESTADORES DE PRIMEIROS SOCORROS
Assistência médica imediata é fundamental em todos os casos de grave exposição. A equipe de socorro para resgate em ambientes confinados deve estar equipada com equipamentos de respiração autônoma e consciente dos riscos de fogo e explosão.
NOTAS PARA O MÉDICO
Não há antídoto específico. Pessoas ainda conscientes devem ser removidas rapidamente para uma área livre e submetidas à ventilação natural. Pessoas desmaiadas devem ser submetidas a aplicações de oxigênio, respiração artificial, utilizando aparelho de reanimação manual (ambu), e em último caso respiração boca a boca. Tratamentos posteriores devem ser aplicados de acordo com a gravidade e os sintomas apresentados. Em caso de contato ocular, proceder à lavagem com soro fisiológico seguida de oclusão e encaminhamento para avaliação oftalmológica.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
MEIOS DE EXTINÇÃO APROPRIADOS
Espuma, CO2, pó químico e água em último caso.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Máscara autônoma deve ser utilizada para evitar a exposição a gases e fumos provenientes da combustão do produto. Se possível, fechar o fornecimento do gás. Retirar todo o pessoal da área. Não se aproximar, uma vez que cilindros aquecidos podem romper violentamente. Chamar os bombeiros. Mantendo-se à distância e bem protegido, resfriar por 24 horas.
PERIGOS ESPECÍFICOS
Em caso de incêndio, resfriar os cilindros intensamente com água na forma de neblina até 30 minutos após a extinção. Não se aproximar do cilindro no caso de incidência direta de chama, pois o mesmo se encontra sob risco de explosão.
MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO OU VAZAMENTO
PRECAUÇÕES PESSOAIS
Utilizar EPI conforme descrito no Item 8. Linha de ar comprimido respirável isenta de óleo ou aparelho de respiração autônomo deve estar disponível para situações de emergência em locais confinados.
- Remoção de fontes de ignição
Interromper a energia elétrica e desligar fontes geradoras de faíscas. Retirar do local todo material que possa causar princípio de incêndio (ex.: óleo diesel).
- Controle de poeira
Não aplicável por tratar-se de um gás.
- Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos
Utilizar roupas e acessórios conforme descrito acima, no Item Precauções Pessoais.
PRECAUÇÕES PARA O MEIO AMBIENTE
Não aplicável por tratar-se de um gás.
MÉTODOS PARA LIMPEZA
Ventile a área antes de iniciar o processo de limpeza. Mantenha o pessoal não autorizado distante da área de risco. Vagarosamente alivie o produto para atmosfera em local aberto.
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
MANUSEIO
MEDIDAS TÉCNICAS
Utilizar o produto somente em áreas bem ventiladas.
Prevenção da exposição do trabalhador
Utilizar EPI’s conforme descrito . Não comer, beber ou fumar durante o manuseio do produto. Não utilizar equipamentos de proteção individual e de aplicação danificados ou defeituosos. Não desentupir bicos, orifícios, tubulações e válvulas com a boca.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO
Conforme orientações a seguir.
MANUSEIO SEGURO
A armazenagem deve ser feita de forma evitar a corrosão externa, e em locais onde não haja o risco de caírem ou serem, atingidos por veículos em manobras.
A armazenagem em subsolos é desaconselhável. Não comer, beber ou fumar durante o manuseio do produto. Lavar as mãos após manuseio deste produto antes de entrar em áreas de alimentação. Utilizar EPI’s.
ARMAZENAMENTO
Não permitir que a temperatura ambiente ultrapasse 52ºC.
Recomendadas
Utilizar somente equipamentos com especificação apropriada a este produto e à sua pressão e temperatura de fornecimento.
A evitar
A presença de umidade e oxigênio favorece a corrosão devido a formação de ácido.
Produtos e materiais incompatíveis
Dióxido de Enxofre reage violentamente com peróxidos, cromatos, dicromatos e permanganatos. Também reage com cloratos, formando cloro, que as altas temperaturas podem se tornar uma reação explosiva.
MATERIAIS SEGUROS PARA EMBALAGENS
RECOMENDADAS
Produto já embalado em embalagem apropriada.
CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL
MEDIDAS DE CONTROLE DE ENGENHARIA
Providenciar uma ventilação adequada ao local de trabalho. Realizar as operações em áreas ventiladas.
PARÂMETROS DE CONTROLE ESPECÍFICOS
Proteção contra fogo – a instalação deve estar a pelo menos 20m das áreas onde possam ocorrer explosões. Implicações de um vazamento quanto ao meio ambiente – As consequências de um possível vazamento devem ser estudadas cuidadosamente, na etapa de projeto no que tange instalações , cortina d’água, sistema de abatimento, sistema de espuma e populações vizinhas.
Limites de exposição ocupacional:
Nome comum Limite de Exp. Tipo Efeito Referências
Dióxido de enxofre 2 ppm TLV-TWA Irritação ACGIH, 1998
5 ppm TLV-STEL ACGIH, 1998
Dióxido de enxofre 4 ppm ou 10mg/m3 LT — NR 15, Brasil
Indicadores biológicos
Nome comum Limite biológico Tipo Notas Referências
Dióxido de enxofre Não determinado BEI Não determinado ACGIH, 1998
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Proteção respiratória
Linha de ar comprimido respirável isenta de óleo ou aparelho de respiração autônomo deve estar disponível para situações de emergência em locais confinados.
Proteção para os olhos
Utilizar Óculos de segurança com proteção lateral. Utilizar lentes específicas durante o trabalho de solda, corte e processos correlatos.
Proteção as mãos
Utilizar luvas de raspa de couro.
Precauções especiais
Manter os EPI’s devidamente limpos e em condições adequadas de uso, realizando periodicamente inspeções e possíveis manutenções e/ou substituições de equipamentos danificados.
Medidas de higiene
Tomar banho e trocar de roupa após o uso do produto.
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Estado físico: Gás
Cor: Incolor
Odor: Ocre
pH: não aplicável
Temperaturas específicas ou faixas de temperatura nas quais ocorrem mudanças de estado físico:
- Ponto de ebulição: -10,1º C
- Ponto de congelamento: -75,5º C
Temperatura de autoignição: Não determinado
Ponto de fulgor: Não determinado
Limite de explosividade inferior: Não determinado
Densidade: 2,71 kg/m3 a 21º C e 1 atm
- Densidade do líquido no ponto de ebulição: 1460 kg/m3
- Pressão de vapor: 339 kPa (3,46 kgf/cm2) (21º C e 1 atm)
Solubilidade: Solúvel em água.
ESTABILIDADE E REATIVIDADE
INSTABILIDADE
Produto Estável nas condições normais de uso.
REAÇÕES PERIGOSAS PRODUTOS
O dióxido de enxofre reage violentamente com peróxidos, cromatos, dicromatos e permanganatos. Também reage com cloratos, formando cloro, que as altas temperaturas podem se tornar uma reação explosiva.
INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
TOXIDADE AGUDA
A exposição aguda pode levar ao aparecimento dos sintomas descritos no Item 3 decorrentes da potente ação irritante.
TOXICIDADE CRÔNICA
Exposições rotineiras a níveis toleráveis não apresentam efeito nocivo. O principal risco é a capacidade de deslocar o oxigênio do ar, principalmente em locais confinados. Não é cancerígeno.
INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Efeitos Ambientais, comportamentais e impactos do produto:
- Impacto Ambiental: Não são conhecidos efeitos ambientais do dióxido de enxofre.
Ecotoxicidade: Não são disponíveis dados de toxicidade aos organismos aquáticos, ou terrestres, em função de altas concentrações do dióxido de enxofre, já que o mesmo sendo gás se dispersa rapidamente no ambiente.
INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE
REGULAMENTAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS
TERRESTRES
Número ONU: 1079 – Dióxido de Enxofre Liquefeito
MARÍTIMO
- (IMDO) Classe de risco = 2.3 Gases tóxicos por inalação
- Número ONU: 1079
AÉREO
- (ICAO/IATA) Classe de risco = 2.3 Gases tóxicos por inalação
- Número ONU: 1079
PARA PRODUTO CLASSIFICADO COMO PERIGOSO PARA O TRANSPORTE
- Número ONU: 1079
- Nome apropriado para embarque: Dióxido de Enxofre Liquefeito
- Classe de risco: 2.3
- Número de risco: 26
REGULAMENTAÇÕES
OUTRAS INFORMAÇÕES
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